Mudei pro Wordpress!!!
!!! ... !!!!!! (é muita empolgação junta)
Sem contar que o site é meu (meu, meu, meu, todo meu... huá huá huá) que é o "Algum Lugar da Net".
Então, o novo endereço é algodao.algumlugar.net
A Comissão de Legislação Participativa aprovou hoje a realização de um seminário preparatório à primeira Conferência Nacional de Comunicação. Marcado para 16 de abril, o seminário será promovido em conjunto com as comissões de Direitos Humanos e Minorias; e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.
Na mesma reunião, também foi aprovado por unanimidade o sexto Seminário LGBT, previsto para 14 de maio (...) o seminário deve fortalecer o debate em torno do respeito ao ser humano e do combate à xenofobia. O seminário pretende marcar o Dia Internacional contra a Homofobia, que se comemora no dia 17 de maio.
Depois que comecei a ler a nova lei argentina de comunicação audio-visual me deu vontade de fazer algo, exigir que o mesmo seja feito por aqui e que englobasse inclusive uma carta de direitos à internet (o que considero uma resposta necessária ao projeto do Senador Azeredo, que pelo que aparenta, vai ser aprovado ainda pior). Tá, pode me falar "Terra chamando", mas sou daquelas que quando coloca uma coisa na cabeça... Então agradeço ao Idelberg pelo link para o Movimento Pró Conferência Nacional, chamada para este ano pelo governo federal, e que parece promissora: copio abaixo uma parte do texto do site:
Para ampliar sua força de mobilização, dessa vez contribuindo para a intervenção da sociedade nas etapas preparatórias municipais e nas Conferências Estaduais e Nacional, a Comissão Pró Conferência Nacional de Comunicação (CPC) convida as entidades com atuação nacional que ainda não fazem parte da articulação a se juntarem no trabalho de mobilização da CPC.
Tenho visto falar que o que está acontecendo na Argentina dificilmente ocorreria no Brasil. O que está acontecendo na Argentina é até difícil de ocorrer na Argentina, e é certo que não vai ocorrer facilmente no Brasil, mas difícil não é impossível.
Não acho que a mudança seja algo tão difícil de imaginar. Mesmo que ela ocorra a longo prazo. Todos esses anos de descalabros da mídia estão formando uma situação de inconformidade, de angústia que acho que vem se acumulando. O aumento do número de blogs críticos a esta situação e o aumento do interesse de leitores é uma demonstração desse fato na internet. A Folha, ao que parece, vem perdendo leitores (lembro de algum comentário a respeito na época do protesto contra a ditabranda). Se não me engano, pela resposta da Record à Globo dá pra ver que também a Globo vem perdendo audiência. Isso demonstra uma certa perda de poder dessas mídias.
Durante o protesto na frente da Folha muito se falou de direito de resposta nesse meio, e da sua anti-democracia (com o que concordo plenamente). No entanto, não acho que o direito de resposta é algo no qual devessemos investir muito esforço. Na verdade não acho que deveríamos investir esforço algum. O direito de resposta só serve pra essa mídia demonstrar que é "democrática", e todos sabemos que ela não é democrática porra nenhuma. Por outro lado, essa mesma mídia vem perdendo espaço e creio que é nisso que devemos investir: rádios, canais de tv e internet sustentadas por uma carta de direitos cidadã. Minha moral me diz que é mais honroso tentar e perder - e depois ter mais essa pra esfregar na cara dos que dizem ser a mídia democrática - do que ficar dizendo que é muito difícil remar contra a correnteza. Depois, uma derrota dessas é uma vitória: é algo que se registre na história das lutas pela liberdade de expressão.
De qualquer modo, a brecha está ai, e acho que as pessoas e movimentos comunitários vão fazer um esforço para aproveitá-la. Ao que tudo indica, o projeto do Azeredo vai ser aprovado a revelia de toda (ou parte de) uma blogosfera que não está gostando nada dessa conversa. Isso pode representar um impulso no nosso sentimento de ultraje. É preciso ampliar este debate e se juntar às comunidades que reinvindicam rádios e tevês. A ampliação do debate pode nos levar longe - pode nos levar à reinvindicação dos direitos humanos, como na lei argentina. Este espectro ronda a mídia: até quando ela conseguirá escapar dele? Mais produtivo gritarmos com Obama "yes, we can", mesmo que as vitórias não sejam totais.
Já correndo o risco de adentrar lirismo afora, gostaria de lembrar parte do discurso de Luther King
"In a sense we've come to our nation's capital to cash a check. When the architects of our republic wrote the magnificent words of the Constitution and the Declaration of Independence, they were signing a promissory note to which every American was to fall heir. This note was a promise that all men, yes, black men as well as white men, would be guaranteed the "unalienable Rights" of "Life, Liberty and the pursuit of Happiness." It is obvious today that America has defaulted on this promissory note, insofar as her citizens of color are concerned. Instead of honoring this sacred obligation, America has given the Negro people a bad check, a check which has come back marked "insufficient funds". But we refuse to believe that the bank of justice is bankrupt. We refuse to believe that there are insufficient funds in the great vaults of opportunity of this nation. And so, we've come to cash this check, a check that will give us upon demand the riches of freedom and the security of justice."
Como ele e muitos cidadãos americanos, precisamos descontar o cheque dos direitos humanos, os direitos de expressão. Eu quero mais é que a "grande" mídia se dane. Ela não vai ser consertada. Nem deve. Ela deverá se enterrar na sua própria enterocefalia. Ela já está dando mostras de que está perdendo campo: todos esses discursos raivosos que ela publica e/ou bota no ar são o sintoma disso.
Comecei a ler a lei e uma coisa que me marcou foi a leitura da tabela, nas primeiras páginas, comparando a lei antiga e a proposta da nova. Uma mudança tremenda: a nova lei deverá se basear no tratado dos direitos humanos (a velha se baseia na segurança nacional) prevê concessões para tv e rádio comunitárias e de associações sem fins lucrativos (a lei antiga só prevê concessão para assoc. com fins lucrativos), coloca parâmetros de idoneidade, de obrigação de disponibilização de conteúdos relevantes para informação dos cidadões, prevê controle pelo congresso e por orgão (a ser criado) cujos representantes serão eleitos, prevê contrapartidas sociais com relação a impostos, cinema nacional e conteúdos educativos.. enfim, uma legislação democrática e cidadã.
Creio ser necessário a organização aqui no Brasil, das comunidades - a organização em torno de blogues de discussão é um bom início - com o intuito de enviar pedido aos nossos representantes no gov. federal, senado e congresso, de estudo dessa lei e elaboração de um projeto democrático e cidadão também para o Brasil, e que vá além das concessões televisivas e radiofônicas e proponha uma carta de direitos para os usuários da internet com base no mesmo tratado dos direitos humanos, como resposta necessária aos projetos restritivos, como o do projeto do Senador Azeredo
FASCISTA! NAZISTA!!!
Os gritos para Gilmar Mendes no Teatro Folha, registrado na TV UOL.
FASISTA! NAZISTA!!!
Aline em março 24, 2009 1:37 PM