26 de mar. de 2009

Sobre programas de transferência de Renda

Você já ouviu estas frases antes?

"É só mandar eles trabalharem para poderem receber um salario bom"
- sério? é só isso?

"Ficar esperando esmola do governo via salario familia é degradante"
- pra quem?

"Esmola é esmola não importa o nome que queira se dar" junto com "Jesus já tinha dito, ‘quem dá aos pobres empresta a Deus”.
- Hein? vou juntar isso às minhas pérolas do pensamento



Mas, a sério, e mudando de assunto, vi um post interessante no blog do Nassif sobre um estudo de econometria acerca do Bolsa-Estudo. As autoras generalizam suas conclusões para programas de transferência de renda em geral: mais um argumento contra aqueles que acham que “não há mais cartões para distribuir ao andar de baixo”, ou que “o baú da transferência de renda se esvaziou".

"Os resultados do trabalho indicam que os gastos das famílias beneficiárias são destinados principalmente à melhoria da dieta das famílias (quantidade e diversificação) e conseqüentemente de suas crianças e à obtenção de itens relacionados à educação infantil, higiene e saúde. Tais resultados podem sugerir que programas de transferência de renda, como o caso do Bolsa-Família, que transfere um valor monetário superior, podem também ter efeitos de longo prazo uma vez que a melhoria do status nutricional, o incentivo à educação e os cuidados com a saúde irão permitir o acúmulo de capital humano destas crianças e, deste modo, permitirão a quebra do ciclo de pobreza destas famílias.”


Não querendo darmos de sabichões, mas isso a gente já suspeitava.

1 Comentários:

Anonymous Eduardo E S Prado disse...

Flávia,

É cada uma que a gente tem que escutar...

Equiparar programas de distribuição de renda a esmolas, quando não é resultado de pura ignorância, é má fé mesmo. A face do Brasil está mudando e os indicadores sociais estão melhorando em boa parte graças aos programas sociais. Não só as eles, evidentemente, mas seu papel é muito importante, Inclusive no desenvolvimento econômico de pequenas cidades, graças ao aumento do poder de compra das pessoas que são contempladas com esses programas, que diga-se de passagem, não resolvem a vida de ninguém, apenas proporcionam uma melhora relativa, principalmente no que a alimentação, como você citou no post.

28/3/09  

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