Patuléia
Dia destes fui parar no artigo de Hélio Gaspari, “Deixem Lula falar com a Patuléia”. O uso da palavra “patuléia” me fascinou. Primeiro porque o uso de termos “pretensamente sofisticados” em geral associo a nomes pretensiosos de onde nunca vem boa coisa. Mas espero muito mais do Hélio Gaspari. Então li o artigo, e o uso da palavra não me pareceu pejorativo. No entanto não concordo com Hélio. Há sim muito “mais cartões para distribuir ao andar de baixo”, e “o baú da transferência de renda” não se esvaziou.
Mas encontrei referências interessantes à Guerra da Patuléia, a guerra civil que ocorreu em 1846 na região do Minho, após a Revolução da Maria da Fonte. Esta última, ocorrida em 1842, teve como estopim uma reforma fiscal realizada pelo governo de Costa Cabral, contra a qual se insurgiram os estratos mais pobres da população. Estão entre as medidas a implantação de impostos prediais, com o recenseamento da propriedade e a feitura de matrizes prediais, chamadas pelo povo as papeletas da ladroeira, uma lei que proibia que os enterros fossem feitos nos cemitérios das igrejas, e o surgimento de uma taxa de covato, com a qual o povo deveria passar a pagar por despesas de enterro nos cemitérios municipais. Na manhã do dia 22 de março um grupo de vizinhos, onde predominavam mulheres, decide proceder ao enterramento da defunta na Igreja do Mosteiro de Fonte Arcada, sem autorização da Junta de Saúde, e as autoridades decidem intervir. O restante se lê na Wikipédia.
Esse negócio todo de reformas fiscais, de implantação de um governo liberal, de transferência de renda para cima, de golpes palacianos... me fazem relembrar que comecei isso com o texto de Hélio. E daí também me veio à cabeça o e-mail dirigido à Hélio que a Susan Sontag baixou pelo pela rede net-mãe-de-santo no Blog do Hipopótamo Zeno.
Já que o Lula fale com a Patuléia, enquanto o sorbonado FH recebe mais diplomas de Oxford, pra mim ta de ótimo tamanho. Hélio tem razão: cada macaco no seu galho. Enquanto isso o tucanato parece estar inventando um novo termo com que analisar sociologicamente o possível contexto de sua vitória: o período “Pós-Lula”.
É para esse povo tucano e seus aliados nessa luta contra a opressão da opinião pública que deixo esta homenagem da patuléia: trecho de Morte e Vida Severina de uma outra espécie de Cabral: o João Cabral de Melo Neto.
Mas encontrei referências interessantes à Guerra da Patuléia, a guerra civil que ocorreu em 1846 na região do Minho, após a Revolução da Maria da Fonte. Esta última, ocorrida em 1842, teve como estopim uma reforma fiscal realizada pelo governo de Costa Cabral, contra a qual se insurgiram os estratos mais pobres da população. Estão entre as medidas a implantação de impostos prediais, com o recenseamento da propriedade e a feitura de matrizes prediais, chamadas pelo povo as papeletas da ladroeira, uma lei que proibia que os enterros fossem feitos nos cemitérios das igrejas, e o surgimento de uma taxa de covato, com a qual o povo deveria passar a pagar por despesas de enterro nos cemitérios municipais. Na manhã do dia 22 de março um grupo de vizinhos, onde predominavam mulheres, decide proceder ao enterramento da defunta na Igreja do Mosteiro de Fonte Arcada, sem autorização da Junta de Saúde, e as autoridades decidem intervir. O restante se lê na Wikipédia.
Esse negócio todo de reformas fiscais, de implantação de um governo liberal, de transferência de renda para cima, de golpes palacianos... me fazem relembrar que comecei isso com o texto de Hélio. E daí também me veio à cabeça o e-mail dirigido à Hélio que a Susan Sontag baixou pelo pela rede net-mãe-de-santo no Blog do Hipopótamo Zeno.
Já que o Lula fale com a Patuléia, enquanto o sorbonado FH recebe mais diplomas de Oxford, pra mim ta de ótimo tamanho. Hélio tem razão: cada macaco no seu galho. Enquanto isso o tucanato parece estar inventando um novo termo com que analisar sociologicamente o possível contexto de sua vitória: o período “Pós-Lula”.
É para esse povo tucano e seus aliados nessa luta contra a opressão da opinião pública que deixo esta homenagem da patuléia: trecho de Morte e Vida Severina de uma outra espécie de Cabral: o João Cabral de Melo Neto.
2 Comentários:
Uau Fla, muito bem amarrado...
Parabéns!
:)
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial